domingo, 27 de março de 2011

A Lei dos Artistas e os Artistas da Dança

Apresentação da Lei dos Artistas e Técnicos em Espetáculos
A Lei nº. 6.533/78 regula "o exercício das profissões de Artista e de Técnico em
Espetáculos de Diversões", conceituando o artista como sendo "o profissional que cria,
interpreta ou executa obra de caráter cultural de qualquer natureza, para efeito de exibição
ou divulgação pública, através de meios de comunicação de massa ou em locais onde se
realizam espetáculos de diversão pública".
O quadro anexo do Decreto que regulamenta a Lei dos Artistas (Decreto nº.
82.385/78) enumera e conceitua diversos profissionais que se encontram sob a égide da
referida legislação. Essa enumeração, no entanto, é meramente exemplificativa, podendo
outros artistas não expressamente ali apontados serem abarcados por mencionada Lei,
desde que se enquadrem no conceito geral transcrito acima. Somente quatro são os
profissionais da dança conceituados no referido Decreto, quais sejam:
Bailarino ou Dançarino
Executa danças através de movimentos coreográficos preestabelecidos ou
não; ensaia segundo orientação do Coreógrafo, atuando individualmente ou
em conjunto, interpretando papéis principais ou secundários; pode optar pela
dança clássica, moderna, contemporânea, folclórica, popular ou “shows”;
podem ministrar aulas de dança em academias ou escolas de dança,
reconhecidas pelo Conselho Federal de Educação, obedecidas as condições
para registro como professor.
Coreógrafo
Cria obras, coreográficas e/ou movimentações cênicas, utilizando-se de
recursos humanos, técnicos e artísticos, a partir de uma idéia básica,
valendo-se, para tanto, de música, texto, ou qualquer outro estímulo;
estrutura o esquema do trabalho a ser desenvolvido e cria as figuras
coreográficas ou seqüências; transmite aos Artistas a forma, a
movimentação, o ritmo, a dinâmica ou interpretação, necessários para a
execução da obra proposta; pode dedicar-se à preparação corporal de
Artistas.
Ensaiador de Dança
Ensaia os movimentos coreográficos com os Bailarinos ou Dançarinos,
colocando-os técnica e interpretativamente dentro do espetáculo.
“Maitre de Ballet”
Dirige os bailarinos ou dançarinos do corpo de baile, zelando pelo rendimento
técnico e artístico do espetáculo; ensaia bailarinos ou dançarinos; remonta
coreografias; ministra aulas de dança em uma companhia específica.
Possuindo natureza trabalhista, não somente aos artistas e técnicos aplica-se a
referida Lei, mas também a qualquer pessoa física ou jurídica que deseje contratar os
serviços profissionais de qualquer daqueles, seja sob a forma de contrato de trabalho, seja
como tomador de seus serviços eventuais (tomador de serviços é a pessoa física ou jurídica
que contrata serviços autônomos e eventuais de outra pessoa ou empresa, sem
configuração de vínculo trabalhista); referidos contratantes devem inclusive possuir cartão
de inscrição de contratante de artista, para estarem aptos a contratar referidos profissionais,
como determinação do artigo 4º do mesmo diploma legal.
Dentre outras especificidades trazidas na Lei reguladora da profissão de artistas e
técnicos em espetáculos, destacam-se as seguintes, em se tomando como parâmetro os
profissionais do gênero artístico dança:
1 − Para o exercício da profissão de artista intérprete ou executante, o interessado
tem que obter o registro na Delegacia Regional do Trabalho do Estado em que exerce suas
atividades, devendo, para tanto, possuir (art. 7º):
I - diploma de curso superior de Diretor de Teatro, Coreógrafo, Professor de
Arte Dramática, ou outros cursos semelhantes, reconhecidos na forma da
Lei; ou

II - diploma ou certificado correspondentes às habilitações profissionais de 2º
Grau de Ator, Contra-regra, Cenotécnico, Sonoplasta, ou outras
semelhantes, reconhecidas na forma da Lei; ou

Bailarina Danielle Cesário e o Derbakista Bruno Braga
III - atestado de capacitação profissional fornecido pelo Sindicato
representativo das categorias profissionais e, subsidiariamente, pela
Federação respectiva.

sexta-feira, 25 de março de 2011

Poema de tia Nêne!

Vagar no mundo


Acorrentado pelos grilhões da paixão
Sufocado pela onda da ilusão
Naufraga o homem se entregando à seduçã
O Narciso lhe encantou na estupidez da miragem
Ao seu Ego se entregou
Atrapalhando a Viagem
O Embarque que devia respeitar a criação
Nunca devendo aportar num ponto de falsa emoção, mas cedo ou tarde
Em cinquenta, cem ou mil anos
Um Vagabundo retoma a estrada que harmoniza o grande plano
Agraciado pela Divina Lei
Se apercebe do engano
Como centelha que é de Deus
Construído pelo arcanjo
Seja ele Jó ou Tomé
Todo espírito será Anjo


AUTORIA: Eliene Albuquerque

quinta-feira, 24 de março de 2011

Vida de bailarina!

Danielle Cesário

Academia Corpo em Cena

Meu amor pela arte começou  ainda cedo, minha mãe, incentivada por minha tia Nêne (que é atriz) me colocou no ballet com 4 anos de idade, fiz até os 15 anos, comecei no ballet Municipal do Natal e depois Editam. Em 1996 participei do Natal de Cristo, onde interpretei Salomé, daí de onde surgiu meu interesse pela dança do ventre, mas não tinha conhecimento de nenhuma academia em Natal, onde morava, bem depois com a novela o Clone, quando já morava em Mossoró, comecei a estudar, comprei fitas cassetes da Lulu Sabongi, depois DVDs e fui fazendo workshops, fiz algumas aulas em Mossoró com Adriana e algummas aulas com uma professora de Natal (Nuriel), vou sempre me atualizando através de workshops e DVDs, estudo a Lulu, Kahina, Lú Zambak, Saida, Randa, Haquia etc. Estou me profissionalizando, mas divido meu tempo, entre faculdade(Direito), trabalho ( dou aulas de Ballet e danças folclóricas em Areia Branca, Colégio das Irmãs e  no PROJOVEM), também possuo um espaço de dança(Academia Corpo em Cena), onde ministro aulas de dança do ventre com técnicas de ballet clássico, faço uma vez por ano um evento de dança do ventre, onde trago renomadas bailarinas e tento difundir e passar a verdadeira essência da dança do ventre! Enfim, minha vida sempre foi cheia de" arte" rs!
                                                         I MOSTRA DE DANÇA DO VENTRE DE MOSSORÓ RN
                                                         Realização:Danielle Cesário

As pirâmides!!!

Viagem ao Egito

Conhecer o Egito sempre foi um sonho para mim, a história sempre me encantou, o contato com a dança do ventre aumentou ainda mais minha vontade! Minha mãe que sempre fez tudo por mim, me presentou, realizou este meu sonho. Fui em Junho de 2010, para o festival Ahlan Wa Sahlan ( festival da Raqia Hassan). Uma semana de dança, tive uma overdose de dança do ventre , nossa! Muitas dançarinas, de toda parte do mundo, muitos idiomas, me sentia na torre de babel rsrs
Ah o Egito! Lindo, misterioso, enigmático, não tenho palavras para expressar o que sentí, como me sentí, fiquei em um hotel dos sonhos o Mena House Oberoi, em frente as pirâmides, que bela visão, todo dia rezava e agradecia a Deus por está vivendo aquele momento. As pirâmides de perto é tudo e um pouco mais do que aprendemos na escola. As construções lá são fantásticas e contrastantes, de um lado um hotel todo banhado a ouro, do outro um sobrado bem rústico, lá é assim, muitos com pouco e poucos com muito. As pessoas mais honestas que já conhecí, não só por causa da Lei que é bem rígida, mas por questões morais mesmo, por costume, as pessoas lá não tem essa malícia tão conhecida por nós brasileiros. Peguei um táxi para o mercado Khan el Khalili e fui pagar o taxista ele saiu e disse que só queria receber na volta, eu fiquei super preocupada, mas na hora marcada lá estava ele, ufa! Lá nada tem preço fixo, tudo é negociado, a moeda é bem desvalorizada em relação a nossa, mas em compensação bebida e comida custa bem caro. Ouro lá é mais barato que comida! Nunca ví tanto ouro em toda minha vida. Perfumes maravilhosos, tecidos, hum...as frutas mais doces que já ví, graças a fertilidade do Nilo, aliás assistí a Randa Kamel sobre o Nilo, foi perfeito!!! Adorei o calor, se bem que estou acostumada, pois moro em Mossoró! Apesar do calor as mulheres andam todas cobertas dos pés a cabeça, eu andava de calça e mangas compridas, mesmo assim os carros buzinavam loucamente, por falar em carro lá tem muitos, novos antigos, bem enfeitados com luzes coloridas e som, semáforo? lá não existe, imagina uma cidade (Cairo) maior que São Paulo, um trânsito louco e sem semáforos...lá é o caos organizado, apesar de ter visto ônibus dá ré no meio do trânsito em uma avenida, não ví nenhum acidente. Lá não vende bebidas alcoolicas, só nos hoteis, de vez em quando tomava umas Sakkaras, uma cervaja deliciosa, eu a batizei de Takkara, pois custa trinta reais cada. A comida é bem apimentada, pedí um macarrão veio junto um molho vermelho achei que era catchup, tasquei em cima, na primeira garfada, saiu fumaça de meus ouvidos. Eu que adoro quibe, só conseguí comer no ultimo dia, pois não sabia o nome nem via a foto, ví alguém comendo apontei e pedí, ai que delícia comí e chamei o garçon pra dizer que tinha adorado, acho que não me expressei direito, ele chamou o outro brigou e mandou trazer outro quibe pra mim, pensou que eu estava reclamandor, eles são ótimos , mas bem briguentos por qualquer coisa e na frente de todos levantam os braços e falam alto, mas não chegam a se agredir. Lá se vc espirrar e alguém te der um lenço, você tem que dar uma gorjeta, tudo lá tem que ter gorjeta, fui a um restaurante chamado Felfela, me levantei para ir ao banheiro, o rapazinho que trabalhava lá, me acompanhou abriu a porta do banheiro,  e entrou, ficou me esperando na porta para abrir a torneira para eu lavar as mãos, tudo por uma gorjeta. São pessoas muito humildes e sofridas, mas também muito honestas, eu amei o Cairo, rezo para que tudo melhore por lá e para que nada mais seja destruido. O Egito só conhecendo e sentindo aquela energia!